sábado, 21 de março de 2009

Cotidiano

No Rio de Janeiro uma ilha sumiu.

Isso mesmo. Versão brasileira Herbert-Richards do seriado de maior sucesso dos últimos tempos: uma ilha de 20 mil metros quadrados se escafedeu da lagoa da Tijuca, zona oeste do Rio.

Deu no jornal esses dias, com fotinhos de satélite e tudo. Biólogos, governantes e fãs de Lost de todos os cantos estão intrigadíssimos com o perdido da ilhazinha que vivia desde que o mundo é mundo, firme e forte, no mar de lixo e lama da lagoa.

Diz a lenda que a coitada deve ter sido dragada no meio de um projeto da Rosinha Mateus para facilitar a circulação da água. O problema é que quando o projeto já estava pela metade, resolveram avaliar melhor os resultados daquilo tudo e chegaram à conclusão de que a tal circulação da água poderia, ao invés de limpar, esparramar a sujeira pelas praias vizinhas. Resultado: projeto interrompido. Tudo isso, claro, é suposição. Há também quem diga que viu um careca atirando facas e girando rodas estranhas na ilhazinha, vai saber.

No mesmo caderno do mesmo jornal, descobri que o paulistano tem agora à disposição um novo guia de enorme utilidade. “Banheiros em São Paulo. Onde ir? Como fazer?”. Como fazer?????? Eu não estou brincando. Folha de São Paulo, caderno Cotidiano. Vai-se a Nova Iorque, Paris, Londres, Roma, Buenos Aires, Miami, Santa Rita do Passa Quatro, volta-se com guias de teatros, peças, museus, estádios, feiras de artesanato e atrações culturais diversas. Vai-se a São Paulo e volta-se com um guia de onde fazer...merda. A publicação brilhante do HC avalia 150 banheiros públicos e ajuda o coitado que tiver uma dor de barriga a se arranjar (ou não) nas várias regiões da cidade. A matéria do jornal, resumindo as dicas, já avisa: se a coisa apertar na Sé, 25 de Março, Avenida Paulista ou na Praça Ramos de Azevedo, corra e reze porque não tem nem cheiro de banheiro público por lá.

Por último, no mesmo caderno Cotidiano (o jornal estava especialmente recheado nesse dia), descobri que o que se aprende na 6ª série hoje em dia com os livros distribuídos pelo Governo do Estado é que o Equador não existe na América do Sul, que o Uruguai e o Paraguai estão invertidos e que o Paraguai também existe na Bolívia. Pode? Não. Não pode, mas é. A Secretaria de Educação de São Paulo falsificou o Paraguai.

Agora me diz se humorista não está no céu em um país com um cotidiano como esse?

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom para comediante.
Mas ainda nos resta paisagens maravilhosas e uma incrível cultura mista e fantástica,

que inclue ótimos humoristas é claro....

Bom demais aqui.

Candice disse...

O que acontece né rs... Tem que rir pra não chorar! Por onde andas Juju?
Saudade!
Ah, encerrei meu blog, agora estou escrevendo um sobre webdesign, daqui a pouco entra no ar... Direcionando energia sabe?!
Vê se aparece,
bjooooos