- E aí, Ju, em cartaz com alguma peça?
- Estou sim, Ro. Estou fazendo Désir.
- Ah, qual é essa? A da moedinha?
- Da moedinha??? Que moedinha?
Não lembrava de peça minha com moedinha nenhuma....
- Aquela em que vocês jogavam moedinhas de chocolate...
- Ah..... Bits. Nossa mulher, de onde você desenterrou isso. Eu fiz essa peça em 2004!
- Pois é, eu nunca esqueço e a Pam também não. Ela amou. Mesmo. Gostou tanto que guarda a moedinha até hoje, acredita?
Uôu.
- Tá brincando?
- Tô nada. A moedinha tá lá na caixinha de lembranças boas dela, junto com outras coisas que marcaram.
- Nossa menina, não sabia. Há quanto tempo que eu não vejo a Pam. Manda um beijão pra ela, saudade. Fala para ela cuidar bem daquela moedinha, foi mesmo uma época boa...
Eu sei que sou uma patife e tals mas eu tive que respirar fundo para não sair de lá de olho vermelho. Mexeu comigo aquilo. Como as coisas que a gente faz continuam agindo e reverberando nas vidas por aí... Aquela peça tosquinha e divertida, um monte de cenas de musicais da Broadway que a gente gostava, unidas por uns textinhos explicativos, umas micagens e muito carão fez a diferença para alguém além de nós mesmos. A cena da moedinha era Money, Money, feita com uma “coreô” gozação total. No fim a gente jogava moedinhas de chocolate para o público, uma bobeira, um agradinho... Quando é que eu ia imaginar que alguém ia guardar aquilo como uma lembrança especial?
Fazendo arte a gente espalha moedinhas por aí sem perceber...
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3 comentários:
Muuuitas moedinhas!!! Arte bem feita tem o dom da propagação. Dentro e fora ... se é que me entende... Amei Ju!!! beijoooo
Putz! Eu teria chorado...
Ontem eu tava falando com meu pai sobre teatro, nem lembro o quê, e fui falar de alguma peça do Couvert, e ele falou "aquela melhor de todas". Eu achei que era Jazz Café, mas ele disse que não, definitivamente não: a melhor peça que fizemos foi Bits. Espetacular, na opinião dele. Vai entender...
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