Há dias em que percebo tudo com uma clareza impressionante. Pequenas coisas me provocam reflexões gigantescas e os pensamentos falam alto na minha cabeça. Querem sair. Vêm já organizados, muitas vezes em forma de prosa pronta, com começo, meio e fim. Piadinhas inclusive.
Nesses dias preciso escrever. É mesmo uma obrigação, um dever de cuspir e registrar aquilo tudo que ainda não existe e que, se não escrito, desaparecerá tão logo a minha consciência se ocupe com outros afazeres e decida abandonar aquele caminho. Detalhe: minha memória de peixe não ajuda muito, o tempo urge para registrar os tais insights.
Ontem foi um desses dias. Acordei assim, uma esponja de detalhes, feições e idéias que se transformaram em grandes teorias, revelações. Eu só queria escrever a todo instante, eu precisava do meu teclado desesperadamente.
O dia, entretanto, tinha outros planos. Mal liguei o computador. Abri meu e-mail dentro do ônibus, no celular. Não parei um segundo sequer, precisava fazer e fazer e fazer.
O tempo passou e levou aquilo tudo com ele. Anotei os temas, algumas coisas permaneceram na minha cabeça mas a linha, o fluxo, as conclusões fáceis não estão mais prontas. Paciência.
O jeito é esperar pelo próximo dia de esponja. Que venha logo e em momento de oportuna desocupação.
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