Me diz uma coisa: como é que se mata uma barata quase do seu tamanho?
Eu estava de boa em casa, assistindo House e comendo panetone quando o Luke começou a dar looping pela sala, correndo como doido atrás de algo que eu desconhecia mas sabia que boa coisa não devia ser.
Não seja uma barata, não seja uma barata...
É, não era uma barata, era a barata. Jesus. O bicho tinha uns três metros de envergadura e umas antenas parabólicas de arrepiar a sobrancelha (para não dizer outra coisa). Parei tudo e fiquei ali, de pé, pensando que eu teria que criar coragem, sacar as havaianas e macetar aquela coisa nojenta. O Lu, por sua vez, nem tchum para o meu desespero. Estava mesmo é adorando aquele brinquedo novo interessantíssimo que corria desembestado de um canto para outro e que era muito mais legal que a garrafa pet ou o ossinho de couro de boi.
Quando eu peguei o chinelo, ela parou. Deve ter percebido que eu estava em posição de ataque e me encarou, antenas mexendo alucinadamente e a cabeça levantando e abaixando. Estava gargalhando da minha cara, a praga do inferno. Eu só conseguia pensar no crec do impacto do chinelo, no tanto de gosma radioativa que sairia daquela barriga encouraçada e na possibilidade do monstro não morrer e ainda sair correndo para cima de mim.
E então, naquela pausa tensa, no clímax do embate, ela voou.
Que coisa terrível é o barulho de barata voando, gente. Plec, plec, plec para cima de mim e eu só tive tempo de gritar, correr e ver ela entrando no banheiro para descansar as patas horripilantes no vidro do box.
Naquele momento eu desisti. Que covardia: uma barata superdesenvolvida e ainda por cima voadora contra a pobre donzela indefesa aqui. Não tive dúvidas. Fechei a porta do banheiro, coloquei o tapete na fresta para ela não botar as asinhas de fora e deixei a bomba encouraçada para a faxineira matar no dia seguinte.
“Fá, tem uma barata gigantesca no banheiro de cima para você matar. Boa sorte. Se você não voltar em uma hora eu mando reforços”.
Agora me diz se a faxineira achou a bicha. Necas. Sumiu a desgraçada e no way que ela foi embora pelo ralo. Um rinoceronte de antenas daqueles não passaria no buraco do ralo. Ela ainda deve estar por perto. A noite vai ser tensa. Por via das dúvidas comprei um inseticida especialmente desenvolvido para trucidar baratas.
Pode chegar que eu estou munida de armas químicas, meu bem. Sem crec, sem gosma, sem contato físico e com mínimo contato visual. Hoje você já era.
4 comentários:
me mijando de rir
Tonta... se eu tivesse lá, matava pra vc. Não tenho medo de barata, mesmo grande.
Mais um item pra sua listinha e do Mão, hahahahahahaahahahaha. Que que eu posso fazer, eu não tenho medo mesmo...
Bom, outro dia, vi a gata batendo a pata em algo. Aí, lá em casa, a gente grita para o marido gigante e ele recolhe os peçonhentos, principalmente. Barata, por enquanto, só cascuda!
Sim Jujuba!!! Mais um item dos bons para a nossa listinha arco-íris...hahahahahahahaha
Ai Georgiana, eu não tinha uma alma para me salvar daquela situação terrível...Da próxima vez vou chamar o seu marido! rs
Beijos
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