terça-feira, 5 de maio de 2009

Histórias

Algumas histórias acabam antes de começar.

Um desperdício.

É como ler as primeiras páginas de um livro que parece fantástico, querer saber mais, conhecer tudo, descobrir linhas e entrelinhas, reler, grifar, mas não fazer nada disso. Ao invés de mergulhar no livro a gente fecha e guarda, torcendo para abrir de novo um dia mas já sabendo que provavelmente ele vai ficar escondido na estante pra sempre. Guarda sabendo que o tempo vai passar e que aquelas primeiras páginas vão ir e vir, voltar de vez em quando trazendo uma lembrança boa e uma incômoda vontade de descobrir o que teria sido daquela história.

Ah se o livro fosse só meu... Há histórias que só são conhecidas a dois e se não o são, deixam uma saudade estranha.

Triste, arrependida e inquieta é a saudade do que não aconteceu.

Um comentário:

Maíra Colombrini disse...

é o pior tipo de saudade...