Algumas histórias acabam antes de começar.
Um desperdício.
É como ler as primeiras páginas de um livro que parece fantástico, querer saber mais, conhecer tudo, descobrir linhas e entrelinhas, reler, grifar, mas não fazer nada disso. Ao invés de mergulhar no livro a gente fecha e guarda, torcendo para abrir de novo um dia mas já sabendo que provavelmente ele vai ficar escondido na estante pra sempre. Guarda sabendo que o tempo vai passar e que aquelas primeiras páginas vão ir e vir, voltar de vez em quando trazendo uma lembrança boa e uma incômoda vontade de descobrir o que teria sido daquela história.
Ah se o livro fosse só meu... Há histórias que só são conhecidas a dois e se não o são, deixam uma saudade estranha.
Triste, arrependida e inquieta é a saudade do que não aconteceu.
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Um comentário:
é o pior tipo de saudade...
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