quinta-feira, 14 de maio de 2009

Razão

Para o que é que a gente está aqui, afinal?

Qual o sentido de perambular por essa terrinha anos a fio buscando incansavelmente algo que a gente não tem a menor idéia do que seja?

Essa nossa existência minúscula e passageira tem, no fim das contas, algum sentido?

Tá, eu sei que os homens se fazem essa pergunta desde que o mundo é mundo e eu sei que não tem um serzinho pensante nesse planeta que não tenha parado para matutar sobre isso alguma vez na vida. Eu sei também que ninguém, nem as mentes mais brilhantes que já passaram por aqui, conseguiram responder realmente a isso, o que não quer dizer que eu não possa gastar os meus miolinhos e umas linhas do blog com isso, né?

É muito, muito doido como os acontecimentos da vida te trazem invariavelmente reflexões e questionamentos que te envolvem, te chacoalham e te transformam. Os acontecimentos são, na verdade, catalisadores das sacadas individuais e das mudanças interiores que surgem depois, se (e somente se) você se permitir parar e pensar.

Talvez a resposta esteja mesmo na busca pela resposta. No matutar, no tatear, no sentir de olhos vendados. Talvez a resposta seja a busca e só.

Talvez o único sentido seja mesmo sentir, contraditoriamente livres da racionalidade que se faz de nossa maior virtude e no entanto, provocando uma infinidade de comos e porquês, se coloca sempre entre nós e a plena realização e a felicidade.

Aproveitar a viagem, acumulando experiências, sensações, tocando, colorindo outros, e terminar a vida lá no fim do caminho como mosaico único de todos os retalhos absorvidos, processados e transformados dentro desse ser que começou pequenininho, tela em branco igual a todas as outras, e terminou tão diferente de tudo, parece ser, afinal, a única razão de estarmos aqui.

E só.

4 comentários:

Leandro Souza disse...

Adorei seu texto Ju. De fato a vida não tem sentido algum, a não ser acumular experiências e se transformar ao longo da vida nesse mosaico. Natureza, e nós somos parte dela, é transformação. Lembra? "Na natureza nada se cria, tudo se transforma"...
Bjo.

Maíra Colombrini disse...

Oi Ju, adorei a reflexão. Eu já não busco mais o sentido, acho que sou muito pequena no meio desse universo todo para encontrar a resposta. Decidi que estou aqui pra ser feliz e só. Ehehehe!
Mas as vezes piro pensando o que acontece se quando eu morrer simplesmente acabar e não tiver nada do lado de lá. Eu vou morrer e nem consciência de eu acabei eu vou ter pq eu vou simplesmente deixar de existir. Isso me apavora.

Beijos!

Gi disse...

É o motivo é ( ou deve ser ou meu ver) completar mais uma parte de um caminho de mosaico colorido que nos leva ao conhecimento e principalmente ao crescimento.

Ju Hilal disse...

Pois é Le, acho que o segredo é aceitar sermos parte dessa transformação infinita e aproveitarmos a viagem.
Má, não se apavore. Foque na parte do "ser feliz e só". rs
Sim Gi!
Beijos