terça-feira, 21 de outubro de 2008

Massagem

Eu gosto tanto de massagem que tenho a mania de ficar na maca calculando quanto tempo falta para terminar. Hummm, já foram as costas e a perna direita, ainda falta a esquerda, os braços, a parte da frente, o pescoço... Isso se repete várias vezes durante a sessão e é uma praga porque, ao invés de relaxar e curtir, eu fico angustiada porque uma hora vai acabar.

Eu sei, maluca. Novidade.

A mesma coisa acontece com um livro bom, um filme que eu estou adorando, um episódio das minhas séries favoritas, um doce delicioso. Fico contando as páginas para ver quanto falta, fazendo o cálculo dos minutos do filme, do episódio, das colheradas, e ao invés de simplesmente aproveitar, sofro porque estão terminando.

Hoje cansei dessa neura e resolvi fazer diferente. Deitei na maca e coloquei na cabeça que não ia pensar em nada que não fosse a sensação das mãos do terapeuta na minha pele desfazendo os nós do meu corpo. Eu iria simplesmente sentir e curtir, enquanto durasse. Foi a melhor massagem ever. E acabou, lógico. Tudo sempre acaba. Dêrrr. Agora, a sensação que ela deixou, isso não passa. Não passa também a expectativa das outras sessões que virão. Tão boas ou melhores do que a que passou e é esse o grande barato.

Que me sirva de lição para todo o resto. Livros, filmes, episódios, séries, doces, paixões e quase tudo de bom nessa vida, acaba. Isso é certo. Tão certo como isso é o fato de que novas coisas virão e serão deliciosamente boas, ainda que de formas diferentes. Basta curtir com leveza, guardar as lembranças e viver a vida deitando na maca e aproveitando a sessão do jeito que for, inteira, dure o que durar.

Um comentário:

Tatiana disse...

eu babo em uam massagem bem feita!