Cinema, sexta-feira, quatro da tarde.
Uma sala de pessoas sozinhas mexendo no celular.
Um filme sobre pessoas sós.
Um filme bom, de final previsível, mas com um caminho gostoso de ver e a atuação deliciosa de dois atores fantásticos.
Lá pelas tantas Kate diz para Harvey:
- Eu não vou a fontes ao meio-dia, Harvey. Isso não é vida real.
Não?
Sei não. Acho que a vida real é o que a deixamos ser. O inesperado e as fontes do meio-dia que nos surpreendam e nos tirem do eixo. E não são mesmo essas as coisas que fazem a gente se sentir vivo? Que fazem o sangue borbulhar e o coração bater?
Harvey, que àquela altura já tinha sacado tudo, diz: É, Kate. Isso é vida real.
Deveria ser.
Não tem vida mais real do que a das fontes ao meio-dia.
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