O Eu não é tudo isso. O Eu é absolutamente superestimado.
O Eu é um Outro, mais Um.
Monte de moléculas momentaneamente aglutinadas por uma força ainda não entendida, até deixar de ser e virar moléculas espalhadas por aí, outros Eus - passagem do todo, bicho de massinha que desaparece e perde a cor, o cheiro, o gosto, rápido demais - coisa que se junta, cria, aglomera, transforma o todo, quer desesperadamente continuar sendo e invariavelmente desaparece no ar.
O Eu quer sempre ser mais do que é.
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Um comentário:
Que lindo isso!
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