Não tem nada melhor para animar uma balada furada do que amigos bêbados. A verdade é que eu me acostumei há muito tempo a me divertir horrores completamente sóbria no meio dos mamados. Sou realmente boa nisso. Eles vão bebendo, bebendo, falando besteiras, tombando, e eu ali, inteirona, só dando corda e lembrando de tudo no dia seguinte. Adoro.
Pois bem, balada trash, lugar estranho, pessoas estranhas, DJ horrível, putz bombando e nós lá, feito uma rodinha de ETs. Virei para o lado e disse: uma sakerinha, quinze minutos, f – o - i: fui.
Acontece que, apesar da altura do som, conseguimos engatar em um papo trés interessante e fui ficando, ficando. A natureza da conversa mudando à medida que os copos vazios se acumulavam na mesinha de apoio.
Lá pelas tantas inventou-se, sei lá o porquê, de ressuscitar gírias passadinhas, daquelas que eram maneiras na época em que dizer “maneiro” era in.
Biruta. A primeira, lama inaugural. “Meu, eu tô ficando biruta com essa bebida. Maneiro.”
Pronto. Tudo agora era biruta. Ou maneiro. Ou supimpa.
Até que a pérola da noite surgiu, inesperada, no meio da pista:
“Meu, bem que o DJ podia tocar uma música eletrizante agora.”
Eletrizante. Fala sério. Eu não ouvia essa palavra em... Sei lá, trinta e dois anos? Eletrizante só existe no Aurélio e olhe lá. Deve até ter uma ressalva avisando que a palavra tem efeitos desastrosos sobre a popularidade de quem ousar utilizá-la. Só pode.
Caímos de rir.
Sei que a bebedeira e as gírias iradas animaram a noite e transformaram uma roubada no maior auê. Voltei para casa quase de manhã, RG no bolso e amigos com uma ressaca federal curada à base de coca-cola e churrasco no dia seguinte. Acho que era exatamente o que eu estava precisando. Diversão brainless e hilária, levemente regada a sakerinha e toques de nostalgia.
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3 comentários:
Ahhh porque não existe uma máquina de teletransporte? Saudade das baladinhas com os amigos bêbados aiaiai.... bjuuus
Obrigada por cuidar de mim na única vez em que fiquei bêbada de verdade no ano... na verdade, a primeira vez desde um ano e meio. Outro porre desses, agora, só em janeiro de 2010... Prometo!
Não foi nada supimpa... foi meio biruta. Eu tava meio pouco eletrizante. Mas agora já tô à pampa!
Bela festa, bela festa.
Can querida, quem dera mesmo existisse uma máquina dessas...
Muita saudade de você nas baladas com a gente! Falei sobre isso sábado com o Du.
Jujuba, tenho que confessar que o seu porre foi muito divertido. Até o fim de noite aqui em casa foi entretenimento naquela noite que começou xoxinha.
Vc sabe que pode contar comigo em qq situação, certo? Porres, bodes, saias-justas...
Beijos queridas
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